terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Ensaio sobre eu mesmo

Acho que estou enferrujado para escrever, não sou mais o mesmo garoto de 15 anos, cuja única diversão, além de ir ao clube, era escrever sobre aquilo que pensava, sobre aquilo que vivia. Não escrevo bem como escrevia naquela época, entre os 15 e 17 anos, tempo esse em que minha professora de gramática, Érica, me ajudou muito em meus textos, e me incentivou bastante a escrever, já que era isso que eu gostava.
Hoje estou mais velho, tenho 20 anos, estou na metade final de uma faculdade de Direito, pronto para ir para o quarto ano, ou de continuar no terceiro (como me dói escrever isso), mas fato é que mudei, evolui na medida que o mundo quis que eu evoluísse, porém não sei se foi a medida certa pra mim, talvez eu segure algumas mudanças, por não querer perder algumas coisas que são marcas minhas.
Nesses anos ganhei muitas responsabilidades, comecei a trabalhar, parei por um tempo, e me dediquei ao meu esporte favorito, o tênis, porém, logo voltei a trabalhar, e aí uma carga de responsabilidade muito alta, ser parte forte do corpo jurídico de uma empresa que vem crescendo, sendo esta fornecedora de grandes empresas conhecidas pela população mundial.
Em todos esses ciclos de mudanças, há coisas que eu nunca mudei, nunca deixei meu lado criança, infantil, bobo e até inocente de lado, para me transformar em algo que sempre abominei, um adulto, chato, sério, mas vejo que não tenho mais jeito pra ser criança, sinto que estou perdendo a piada, antes o que mais me alegrava era ver as pessoas que mais gosto sorrindo, porém o jogo se reverteu, e acho que elas já cansaram disso, ou mesmo não riem daquilo que falo ou brinco.
Não sei mais o que fazer, não sei mais o que dizer, eu só queria superar tudo que eu acho difícil, mas a vida é uma grande dificuldade, será que eu queria superar a vida? acho que não...
Eu só queria saber o que é melhor pra mim, e no que isso influenciará nos outros, e o que ganharei, ou perderei com tudo isso.

Gabriel Storoli Veraldi

2 comentários:

VColtri disse...

Fico contente em saber que vc já escreveu bem, pq só conheço o estado atual...

Seja sempre uma criança, infantil, bobo e até inocente de lado! Grandes homens, se tornaram grande, porque não esqueceram isso.

E nada disso significa ser irresponsável com seus compromisso! Pelo contrário, significa que ainda que carregue um fardo, consegue viver bem com isso.

Não esqueça q Ele nunca dá uma cruz mais pesada do que podemos carregar...

Talvez as pessoas não sorriam tanto como antes, porque o final do ano é tenso.

Este final de ano é a primeira vez que sinto isso, talvez eu tenha perdido mto do meu lado criança, infantil, bobo e até inocente de lado.

É nois!

TinnyLinda disse...

Ah, Gabriel.

Talvez eles tenham se rendido à casca adulta, inevitavelmente séria e chata e já não consigam mais rir do que é bobo, infantil, criança, inocente.

Mas eu consigo. Até quando também não sei. Sinto que em breve essa profissão não mais permitirá que eu não seja séria e chata. E aí?

Saberemos separar como ser e agir pessoal e profissionalmente?

Este é o último ano que poderei entrar para a carreira de comediante. Para fugir da casca chata e entediante. Aproveita que você ainda tem mais dois adiante.
(pelo menos. zoeira. haha)

Um beijo.